Camboja cancela reunião da UIP em Genebra num curto espaço de tempo – as tensões aumentam!
Tailândia e Camboja: Reunião de delegações parlamentares em Genebra adiada. As tensões e os conflitos fronteiriços aumentam.

Camboja cancela reunião da UIP em Genebra num curto espaço de tempo – as tensões aumentam!
Numa reviravolta inesperada, os delegados cambojanos decidiram adiar indefinidamente a reunião bilateral de hoje com a Tailândia. Pode-se perguntar o que está por trás dessa decisão rápida. De acordo com a Nação Tailândia, o lado cambojano informou os representantes tailandeses menos de uma hora antes do início programado da reunião, que seria realizada como parte da 151ª União Interparlamentar (UIP) em Genebra. Não foram apresentadas razões claras para o adiamento, o que torna a situação ainda mais misteriosa.
A reunião, onde a delegação tailandesa será liderada pelo presidente da Assembleia Nacional, Wan Muhamad Noor Matha, estava marcada para as 14h30. hora local no Centro Internacional de Conferências de Genebra. Por outro lado, a delegação cambojana é liderada por Ouch Borith, segundo vice-presidente do Senado. Esta reunião foi originalmente organizada pelo Camboja na sequência de preocupações sobre as representações negativas nos meios de comunicação tailandeses. O secretário-geral da UIP, Martin Chungong, ofereceu-se para organizar uma rodada de conversações entre os dois lados para esclarecer mal-entendidos e fortalecer a cooperação.
Tensões históricas entre Camboja e Tailândia
As relações entre o Camboja e a Tailândia são caracterizadas por uma história longa e variada. Os contactos bilaterais existem desde o século XIII e tiveram origem durante a era Angkor. Mas também houve conflitos complexos na história moderna. Wikipedia relata que as relações diplomáticas não foram estabelecidas até 19 de dezembro de 1950, após o fim do domínio colonial francês. No entanto, as demarcações fronteiriças não regulamentadas levaram a conflitos constantes, especialmente em torno do templo Preah Vihear, e houve confrontos militares em 2008 e 2011.
As discussões acaloradas continuaram até os dias atuais. Em Julho de 2025, eclodiu um conflito violento ao longo da fronteira disputada, deixando mais de 30 mortos e mais de 270 mil deslocados das suas casas. Tais desenvolvimentos mostram que, apesar das relações diplomáticas oficiais entre os dois países, existem tensões profundas que podem sempre surgir.
Conflitos atuais e escaladas militares
Tendo em conta as renovadas tensões desde maio de 2025, seria provavelmente altura de analisar a situação mais de perto. Segundo a DW, os confrontos militares são descritos como os piores desde 2011. Ambos os lados acusam-se mutuamente de abrir fogo e, segundo relatos das autoridades tailandesas, já houve “mais de 20 mortos”, na sua maioria vítimas civis. O Camboja também não divulgou números oficiais, o que só aumenta a incerteza.
As tensões militares levaram a um afluxo maciço de refugiados, com mais de 100 mil pessoas a fugir das regiões fronteiriças da Tailândia. O primeiro-ministro tailandês, Phumtham Wechayachai, relatou numerosas vítimas e uma situação tensa, enquanto o primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, sublinhou que o seu país luta pela paz, mas também deve estar preparado para responder à violência.
Numa medida diplomática, a Tailândia aumentou a sua presença militar na fronteira e retirou o seu embaixador do Camboja. Estas medidas aumentam as preocupações sobre uma possível nova escalada do conflito na região, com os analistas políticos céticos quanto às perspectivas de uma solução pacífica.
A questão permanece para os cidadãos de ambos os países: o que acontece a seguir? Os governos enfrentam o desafio de encontrar uma forma diplomática de aliviar as tensões e restaurar a confiança. Resta esperar que os próximos dias tragam uma reviravolta positiva e que possa ocorrer uma desescalada.